sexta-feira, 22 de maio de 2009

Pra quem gosta de apostar

Itabaiana é uma terra de grande valor para o estado de Sergipe mais conhecida pelo seu comércio pujante e pela grande quantidade de caminhoneiros e seus respectivos caminhões. Está seguramente entre os três mais importantes municípios do interior, seja por sua economia, quantidade de habitantes ou consumo de cebolas.

Mas algo talvez não tão falado (ou vai ver eu que ando desinformado) sobre esta querida cidade, está na criatividade de seu povo quando o assunto é ‘apostas’.

Se você é um cara de sorte, mora nos cafundó do brejo e quer subir na vida, ter boas condições financeiras e desfrutar de um monte de coisas caras, dá uma passada em Itabaiana. ‘Qui mané’ tentar a sorte na cidade grande! Enfiar a cara nos livros, dá um duro danado e no final das contas correr um sério risco de ficar desempregado?! Faz isso não. Vai pra Itabaiana que o negócio anda mais rápido.

Deixa-me discorrer sobre o assunto. Lá, onde quer que você vá, vai ter alguém apostando em algo. E num estou falando em loteria nem jogo do bicho não. Claro que tem também, mas esses se vê em todo lugar. Em Itacity a onda é apostar diferente.

E variedade é o que não falta. Num barzinho com som 'ao vivo', o cantor faz seu show quando de repente já tem um gritando: “Ganhei! Ganhei!”. O birita reuniu-se com os colegas de mesa e cada um escolheu uma música. Como a dele saiu primeiro, ganhou. Pior é pro cantor: tem que mudar ao menos a ordem das músicas a cada apresentação.

Se a pedida é um jogo de futebol, é de se imaginar que as apostas vão estar entre três opções: no que vai ganhar, no que vai perder ou no empate. Em Itabaiana não. As apostas são as mais improváveis e inimagináveis. Ali é mais interessante depositar a sorte em quem vai sofrer a primeira falta ou em quem vai cabecear a cobrança de escanteio. Desse jeito aumentam o prêmio e as opções de aposta.

Há casos e mais casos. Bingo, por exemplo, tem em todo boteco. É até mais fácil não ter cerveja. Outro caso bastante comum acontece sempre no Centro da cidade. Na falta de clientes, alguns funcionários em frente a alguma loja batem um papinho sobre algum assunto enquanto não param de olhar para a esquina mais próxima. Se você é de fora num vai entender é nada. Agora se você é da terra já deduz ‘de cara’: a aposta é na cor do primeiro carro que aparecer!


A gente vai escrever sobre determinado tema, aí resolve inteirar-se sobre, e às vezes vê cada coisa... Ao que parece não há um senso comum sobre a origem do nome Itabaiana. Também não me interessa chegar a esse ponto. Mas uma das teorias é bem curiosa. Engraçada até.

Na época da colonização, tinha uma índiazinha toda jeitosa chamada Ita. Ita era baiana, mas fez sucesso mesmo foi naquela terrinha sem nome. Tão sem nome que inventaram de homenagear a forasteira.

Ita já gostava de remexer as cadeiras. E os marmanjos já gostavam de ver a cena. Reza a lenda que era um fuzuê danado. Era tanto que quando Ita começava a dançar só se ouvia o clamor popular: "Ita, a baiana!" "Ita, a baiana!" Só não sei se apostavam na dancinha da vez.

Um comentário:

  1. Esse meu colega que alcançou o sucesso profissional tem muita sacada legal. Parabéns, Rádâm!

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